50 mil trabalhadores se reuniram ontem (6), em Brasília, para marcharem até o Congresso Nacional reivindicando a votação das pautas trabalhistas, além de cobrar mais ações do Governo Federal. As lideranças sindicais também se reuniram com o presidente do Senado Renan Calheiros, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, o presidente da Câmara Federal Henrique Alves e a presidenta da República Dilma Rousseff. Em reunião com a presidente Dilma, os sindicalistas saíram com o decreto firmando compromisso do governo de regulamentar a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A convenção estabelece o princípio da negociação coletiva para trabalhadores do setor público. As demais pautas não tiveram um sinal positivo por conta da presidente Dilma, o que não agradou ao presidente da Força Nacional, Paulo Pereira.
“O governo está com pouco crédito com a Força Sindical. Os principais problemas não foram resolvidos e só tem uma promessa de resolver, promessa de marcar mais um grupo de trabalho. A reunião teve alguns pequenos avanços, no demais ela fez um balanço positivo da política econômica do governo”, afirmou para a Agência Brasil. Fim do Fator Previdenciário O presidente da Câmara garantiu que vai retomar as discussões acerca do fator previdenciário (PL 3299/08) e que na próxima semana irá formar uma comissão para estudar o assunto. Outra pauta que também já está em discussão na Câmara é a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.
Para o presidente em exercício da Força Minas, Carlos Malaquias, a marcha terminou de forma positiva já que muitos trabalhadores participaram e a Força Sindical esteve presente em massa no evento. “A central fez uma grande mobilização nacional, entidades de vários estados estiveram presente e garantiram a força dos movimentos sindical e sociais”, afirmou Malaquias. Além do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho e a Convenção 151 da OIT, foram também reivindicadas: Igualdade e oportunidade entre homens e mulheres; 10% do PIB para a Educação; 10% do Orçamento da União para a Saúde; Correção da Tabela do Imposto de Renda; Ratificação da Convenção OIT/158 e ampliação do investimento público.