No histórico dia 8 de Março, em vez de comemorar um dia de conquista, outro momento de protesto contra a violência sobre a mulher, que impera a mais de um século e se impõe por medo ou vergonha da mulher, que se cala.
Estatísticas mostram que a cada três minutos morre uma mulher violentada, humilhada, espancada, alvejada por um homem; seja ele o seu marido, companheiro, irmão, pai, padrasto, conhecido ou mesmo por um estranho. Sem falar nas violências veladas, nos assédios, no preconceito, na discriminação, nas agressões verbais, nas ameaças e tantas outras que conhecemos tão bem e muitas das vezes bem próximo de nós.
No dia dedicado às mulheres, um pedido de socorro, por igualdade de direitos e respeito ao ser, que vai além de ser namorada, esposa, mãe, avó, tia, irmã, amiga e companheira, que, entre todas as atribuições de uma mulher, gesta e pari, amamenta e educa. Também trabalha, estuda, comanda, lidera, pilota, constrói, fabrica, medica, transporta e se sustenta em qualquer atividade, independentemente e além de qualquer homem.
Sem perdoar à violência, não aceitaremos caladas tanta discriminação.
A luta feminina busca o mundo da igualdade, no qual andamos lado a lado com os homens, ocupando espaços com o respeito e a dignidade que merecemos.
Sou Maria Nelcy Ribeiro Oliveira da Costa, Mulher e Esposa, Mãe e Avó; Diretora da Força Sindical Nacional; Secretária da Mulher da Força Estadual MG; Diretora Financeira da Federação dos Empregados em Serviços de Saúde de Minas (FEESSEMG); Presidente do Sindicato da Saúde de Pouso Alegre MG (SEESSPA) e Coordenadora da Bancada dos Trabalhadores, na CTPN-NR32 – Ministério do Trabalho e Emprego.