O Seminário Internacional “Salário Mínimo e Desenvolvimento”, promovido conjuntamente entre o Departamento Intersindical de Economia e Estudos Socioeconômicos DIEESE e a Fundação Friedrich Ebert (FES), com o apoio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que cedeu as instalações da Escola do Legislativo, foi encerrado, em 10/11, com a presença de seis representantes das centrais sindicais brasileiras na mesa, com a mediação de José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de Relações Sindicais do DIEESE.
Fiadoras da política de valorização do salário mínimo, quando promoveram a 1ª Marcha da Classe Trabalhadora, em 2004, as Centrais deram inicio a uma série de grandes manifestações que garantiram importantes conquistas, não apenas para os trabalhadores brasileiros, mas para o país.
RETOMADA DO CRESCIMENTO – Primeiro sindicalista a falar, o secretário-geral nacional da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, defender a retomada do desenvolvimento econômico do País, já que o salário mínimo só cresce se o Produto Interno Bruto (PIB) for positivo. Ele pregou a mudança da política econômica, a partir de um acordo nacional e o estabelecimento de uma pauta mínima. Juruna disse que com recessão e juros altos os trabalhadores sempre perderão e só ganharão os que investirem no sistema financeiro.
“Para os que acreditam que a produção gera empregos e riquezas, é preciso manter a unidade entre as centrais e os setores empresariais que apostam no progresso do Brasil”, afirmou o secretário-geral da Força Sindical.
Juruna foi sucedido por Valeir Ertle, secretário de Assuntos Jurídicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Antônio da Costa Miranda, presente da Nova Central de Minas Gerais (NCST/MG); Eduardo Sérgio Coelho, secretário de Serviço Público da União Geral dos Trabalhadores de Minas Gerais (UGT-Minas); Gelson Alves da Silva, secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil de Minas Gerais (CTB-MG), e Antonieta de Faria, da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).
INDUTOR DO DESENVOLVIMENTO – A tônica das declarações enfocou a relação positiva entre a evolução do poder de compra do salário mínimo e a efetividade dos pisos salariais regionais, hoje existentes em cinco estados do Sul e Sudeste, à exceção de Minas Gerais, cujo debate acontece desde 2011. Os sindicalistas destacaram a importância da continuidade da política de valorização do salário mínimo enquanto fator de redução das desigualdades e elemento distribuidor de renda
Em uma das mesas organizadas pela manhã, da qual participou Carlindo Rodrigues, técnico do escritório nacional do DIEESE, em São Paulo, o tema foi amplamente debatido pelo cientista político norte-americano, Brendan Duke, que é analista do Center for American Progress, e supervisores do DIEESE do Rio Grande do Sul, Ricardo Franzoi, e de Minas Gerais, Fernando Duarte.
Duke expôs a dinâmica do salário nos Estados Unidos, país em existe o salário mínimo nacional e 29 pisos salariais regionais. Duarte e Franzoi apresentaram dados comprobatórios da eficácia da implantação dos pisos regionais nos cinco estados brasileiros que adotaram o mecanismo.
Fonte: Força Sindical