Uma semana após paralisar atendimento nas unidades de saúde de Uberlândia, servidores voltaram ao trabalho nesta quarta-feira (19). Segundo o sindicado que representa a classe, o salário foi depositado conforme o previsto pela Prefeitura.
Contudo, eles alegam que falta uma parte do pagamento, que se refere ao retroativo do acordo sindical. A Administração informou que tal pagamento não foi feito, pois o sindicato não cumpriu um acordo de não haver paralisação (confira a nota na íntegra abaixo).
Na última quarta (13), cerca de 100 pessoas da área paralisaram, sendo funcionários do administrativo, técnicos de enfermagem, enfermeiros e agentes de saúde. O motivo, conforme Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde em Uberlândia. Eles reivindicavam à suspensão de férias, falta de pagamento de cestas básicas, materiais de segurança e para o trabalho, e ausência do depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Segundo o presidente do sindicato, Ronaldo Rosa, os servidores já estão trabalhando normalmente nas UAIs e Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF). Contudo, dois outros problemas serão discutidos em uma assembleia que será realizada na próxima semana.
“Queremos que a Prefeitura não desconte os dias em que os trabalhadores ficaram paralisados. Outro problema é que não recebemos a segunda parcela do pagamento retroativo após o reajuste salarial negociado pelo sindicato”, informou.
Conforme Ronaldo, o reajuste foi em fevereiro e ficou acordado com o Município que o retroativo seria pago em quatro parcelas. Contudo, os servidores que trabalham pela Fundação Saúde de Uberlândia (Fundasus) e Fundação Maçônica não receberam o segundo pagamento neste mês.
“É um direito de todos os trabalhadores e vamos exigir que seja pago conforme acordado com o sindicato”, finalizou.
Por meio de nota, a Prefeitura informou que “em uma negociação com o sindicato, que não teve nenhum documento assinado, houve um acordo que o pagamento do retroativo seria feito em parcelas até o fim do ano. O acordo previa a não paralisação das atividades do setor de Saúde, o que não ocorreu. Por isso, o pagamento da parcela referente a este mês não foi feito. Oficialmente o Município não recebeu do sindicato, nenhum documento informando o fim da paralisação.”
Fonte: G1